23
Jan 09

Nota: Crítica publicada na Red Carpet de Setembro de 2008.
 
Actualmente o cinema norte-americano vive uma fase onde está completamente inundado com sequelas, prequelas, remakes e spin-offs, sendo estes produtos geralmente bastante inferiores à obra que lhes deu origem. Juntando isso ao facto de os filmes de super-heróis também estarem na moda podemos dizer que Hellboy II: O Exército Dourado seria um filme do qual não se deveria esperar algo de novo. Mas a verdade é que este é um filme que supera o seu antecessor e demonstra mais uma vez a mestria de Guillermo del Toro, que escreveu e realizou esta obra.
 
Hellboy (2004) foi a apresentação do “rapaz do inferno” e contou-nos como o super-herói foi invocado pelos nazis em plena Segunda Guerra Mundial e como usou mais tarde os seus poderes para ajudar a humanidade. Hellboy II: O Exército Dourado tem uma história mais madura que a anterior, com um melhor ritmo e cenas mais intensas.  Neste filme assistimos à tentativa de Príncipe Nuada, nobre pertencente a uma raça antiga, em reunir três peças de ouro que lhe permitirão ter o fabuloso exército dourado ao seu dispor. Este exército é constituído por 4900 guerreiros imparáveis. Nuada consegue as duas primeiras peças facilmente mas a terceira será mais complicada pois vai parar às mãos de Hellboy e seus companheiros.
 
A quantidade de seres apresentadas neste filme é incrível e é pena não serem mais explorados. Infelizmente, muitos deles, só temos a oportunidade de os ver, ficando sem saber o que são. Mas assistir a Hellboy II é quase como ver as criaturas do universo de O Senhor dos Anéis invadirem os tempos modernos. Este facto é bastante curioso e talvez tenha uma razão de ser. Del Toro será o realizador do The Hobbit, obra que antecede a história da trilogia dos anéis. Talvez o realizador tenha aproveitado este filme para mostrar o que era capaz de fazer com este tipo de universo.
 
Outro aspecto bastante positivo do filme é o facto de ser bastante bem humorado. Já o seu antecessor o era e este consegue ser ainda mais divertido. É engraçado ver uma personagem demoníaca como Hellboy a ter uma vida conjugal, com todos os seus altos e baixos. A relação entre Hellboy e Abe Sapien é também um dos pontos fortes do filme, principalmente a cena em que se embebedam e cantam uma música romântica juntos.
 
Como em todos os últimos trabalhos de del Toro, este é um filme irrepreensível em termos técnicos. Desde a cinematografia, da responsabilidade de Guillermo Navarro (um habitué nos filmes de del Toro), à caracterização, guarda-roupa e direcção artística este é um filme impecavelmente executado.
 
Hellboy II: O Exército Dourado é assim um excelente filme para quem gosta de super-heróis mais quer fugir um pouco ao arquétipo criado neste género. Repleto de fantasia, é um filme deslumbrante visualmente, com uma repartição equivalente entre cenas de acção e cenas mais leves e cómicas. 

 

publicado por Luís Costa às 16:19

3 comentários:
Este 2º filme é muito superior ao primeiro. Os efeitos especiais são genais! Del Toro tem vindoa crescer de filme para filme, sendo a sua nomeação para realizador de The Hobbit totalmente merecida! Um dos meus herósi BD preferidos do Cinema!

Já agora, aproveito para dar a conhecer o meu recém-criado blog sobre cinema (http://additionalcamera.blogspot.com). Sou um amador por estas andanças, mas se lhe interessar o conteúdo do meu sítio, gostaria de receber o seu apoio para divulgá-lo, nomeadamente através da colocação de um link no blog que administra. Colocarei também o seu endereço na minha rubrica “Additional Cameras”.

O meu muito obrigado pela sua atenção!

Sem outro assunto de momento, desejo-lhe as maiores felicidades para o futuro!

Filipe Machado


P.S. – Participe na sondagem "Melhor James Bond com Sean Connery" até ao dia 31 de Janeiro 2009, em http://additionalcamera.blogspot.com.
Filipe Machado a 25 de Janeiro de 2009 às 01:47

Sinceramente, considero este filme bastante divertido, mt graças ao actor que faz o papel principal... Sempre foi do seu apanágio ser sério, mas conseguir com poucas palavras ou atitudes provocar situações de comédia! Sem duvida que foi a melhor escolha para o papel.
Neste segundo filme, ainda se mostra mais isso o que valoriza o filme, mas tanto a história como os gráficos são de excelente nivel...quem me dera que pelo menos metade das sequelas tivessem esta qualidade, hehe
Nuno Rocha a 19 de Fevereiro de 2009 às 18:35

Grandioso, Del Toro soube transformar o quadrinho numa epopeia!
Rodrigo a 18 de Abril de 2009 às 00:59

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