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Jul 09

(crítica também publicada na Red Carpet)
 
Confesso que quando o primeiro Harry Potter saiu em 2001 não lhe dei grande importância. A saga à qual dedicava a minha atenção e expectativas era outra: O Senhor dos Anéis. Um ano depois estreiam as sequelas de cada um destes franchises e voltei a optar pelas aventuras na terra média. É a partir do terceiro filme da saga (já sem a temível competição de O Senhor dos Anéis) que me comecei a interessar pelo jovem mago. Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban deu um abanão na série, tornando-a mais séria e negra. Os dois episódios seguintes continuam no mesmo registo e, portanto, agradaram-me igualmente. E foi com este aumento de interesse que fui ver Harry Potter e o Príncipe Misterioso.
 
O filme continua algumas semanas depois de Potter ter confrontado Voldemort e os seus Devoradores da Morte. As férias do mago são interrompidas com a chegada de Dumbledore, que vai busca-lo com o intuito deste o ajudar a recrutar um novo professor para a escola. Depois do sucesso desta pequena missão, Harry junta-se aos seus amigos e começa mais um ano em Hogwarts. Já na escola descobre um livro de poções e feitiços que pertencia a um desconhecido Príncipe Misterioso. Com a ajuda deste livro e dos seus amigos, Potter inicia novas aventuras provocadas pelas maquinações daquele-que-não-pode-ser-nomeado.
 
À partida este seria um filme que tinha tudo para ser óptimo. A história está a aproximar-se do fim, os heróis estão mais adultos e poderosos e as coisas estão a tornar-se cada vez mais sérias. Mas algo aconteceu e fez com que este não fosse um filme com a grandiosidade que eu esperava. A narrativa leva demasiado tempo a desenvolver-se, o que torna o filme parado e aborrecido em alguns momentos. Não fosse o fim ser mais enérgico e nem sei como classificaria esta obra. Obviamente que a história tem que ir crescendo e têm que existir histórias paralelas para que tudo se torne apelativo e interessante, mas acho que todos aqueles casos amorosos são excessivos e, de certa forma, dispensáveis. Ou seja, durante o filme, aconteceram muito poucas situações em que Potter fosse verdadeiramente desafiado, quer física, quer psicologicamente.
 
Mas se deixarmos de parte a estrutura narrativa e analisarmos outros aspectos do filme, então não temos muito a dizer que não seja elogiar. A fotografia está óptima, com muitos tons cinzentos e negros que ajudam a criar o ambiente sombrio que se deseja. Os efeitos especiais são perfeitos, o que, com um orçamento de milhões, seria de esperar. E o elenco, que sempre foi uma mais-valia desta saga, está repleto de bons desempenhos.
 
Em suma, Harry Potter e o Príncipe Misterioso tem o selo de qualidade dos seus predecessores mas deixa um tanto ou quanto a desejar em termos de acção e acontecimentos novos e marcantes. Não deixa por isso de ser um filme a ver, nem que seja para não perder o fio à meada.
 

publicado por Luís Costa às 15:04

:( só nota 3?! Ahh e os casos amorosos é o que faz a coisa ainda mais interessante. Vê-se mesmo que és rapaz ;)
Shanti a 3 de Agosto de 2009 às 05:17

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