06
Nov 08

Nota: Crítica publicada no site Red Carpet

Dois anos depois de Casino Royale (CR), Daniel Craig volta a vestir a pele do agente secreto mais famoso de todos os tempos. Quantum of Solance (QoS) continua a história onde o filme anterior acabou. Bond captura um dos responsáveis pela morte de Vesper, Mr. White, um agente de uma organização da qual Bond e o próprio MI6 sabem muito pouco. Mr. White acaba por fugir e ao procurá-lo Bond acaba por se deparar com Dominic Greene, outro intermediário da organização secreta, de nome Quantum. Greene esconde-se por trás de uma fachada de activista ambiental, mas é um vilão poderoso com contactos e influência por todo o mundo. Na sua demanda para parar Greene, e vingar-se de toda a gente que esteja ligada à Quantum, Bond conhece Camille Montes, uma mulher que tal como ele se move pela vingança.

Existe algo que facilita uma análise a um filme de James Bond, é o facto de termos algo com que comparar. São vinte e três filmes que se podem perscrutar até ao mais ínfimo pormenor. Sabe-se que CR rompeu em muito com os filmes que o antecederam, mas mesmo assim existem coisas que definem em muito um filme de Bond. Quase que dá para fazer uma checklist neste filme sobre essas coisas. Música de cantores conhecidos, confirmado. Introdução típica de 007, confirmado. Bond Girls belas e perigosas, confirmado. Perseguições a pé, de moto, carro, barco e avião, confirmado. Locais variados e exóticos, confirmado. Herói sobrevive a tudo por mais perigoso que seja, confirmado. Este é assim um filme que possui todos os ingredientes necessários para um bom Bond Movie.

Mas apesar de toda a sua qualidade, QoS é um filme ligeiramente inferior a CR. Uma das grandes conquistas de CR foi o facto de ser novidade no universo de Bond, isso e o facto de ser bastante forte em termos emocionais devido à relação entre Bond e Vesper. QoS perde alguma novidade, como seria de esperar, e perde bastante por já não contar com Vesper. Não que a Bond Girl deste filme não seja boa, antes pelo contrário, é uma personagem excelente e é óptima a forma como inseriram alguém que tem tanto em comum com Bond.

De qualquer forma, QoS conjuga-se perfeitamente com CR. Os dois formam uma dupla que encerra a origem de Bond. Com este filme um ciclo fechou-se. Bond ultrapassou o caso Vesper e de agora em diante talvez comece a ser mais como os Bonds anteriores.

No geral, este é um filme recheado de acção, com um excelente ritmo e uma história cativante. Tendo em conta o universo Bond, continua a ser uma lufada de ar fresco, apesar de não ter o impacto do seu predecessor.

 

 

publicado por Luís Costa às 19:31

comentário:
O bom é inimigo do razoável....
jose quintela soares a 7 de Novembro de 2008 às 11:56

pesquisar neste blog
 
arquivos
tags

todas as tags

mais sobre mim

ver perfil

seguir perfil

3 seguidores